MSI e TID debatem o fortalecimento da indústria e a organização

Na manhã desta sexta-feira, 26, os presidentes e representantes dos trabalhadores e trabalhadoras na indústria debateram ações para o fortalecimento do movimento sindical em um ambiente de retirada de direitos, durante reunião do Macrossetor da Indústria da CUT, o MSI, e o Instituto Trabalho, Indústria e Desenvolvimento, o TID-Brasil.

Os dirigentes formulam propostas para a organização no local de trabalho, para ampliar a base de representação e unificação das estruturas sindicais.

“Fizemos um debate muito importante e com boas ideias para contribuir com a Central diante de um cenário, em que o simples direito à representação sindical dos trabalhadores está ameaçado”, afirmou o presidente do TID-Brasil, Rafael Marques.

A secretária-geral do Instituto e presidente da Confederação dos Trabalhadores no Ramo do Vestuário, Cida Trajano, destacou a importância de trocar experiências com os outros macrossetores da CUT.

“Iremos montar uma comissão técnica para a elaboração de uma proposta que seja mais abrangente, com contribuições sobre questões comuns. Estamos apenas começando esse debate”, disse a dirigente.

Para o diretor do Sindicato dos Energéticos do Estado de São Paulo, o Sinergia, Marcelo Renato Fiorio, é preciso repensar o modelo de organização sindical.

“Muitos estão em atividade, mas de diversas formas, com os mais variados tipos de contratos de trabalho, e nesse ambiente de pluralismo, há a necessidade de pensar algo diferente para chegar a esse trabalhador”, defendeu.

O presidente da Confederação Nacional dos Metalúrgicos da CUT, a CNM-CUT, Paulo Cayres, enfatizou o papel do dirigente junto a base, como essencial para o debate sindical.

“A organização no local de trabalho é fundamental. Se não tivermos diálogo com os trabalhadores estaremos mortos. A melhor propaganda sindical é o trabalhador bem representado”, declarou.

Segundo Cláudio da Silva Gomes, presidente da Confederação Nacional dos Sindicatos de Trabalhadores nas Indústrias da Construção e da Madeira, Conticom, os dirigentes precisam ampliar seu olhar sobre os locais que têm atraído as pessoas, como as igrejas evangélicas.

“Estivemos com a igreja católica, somos parceiros, mas existem muitos companheiros que são evangélicos e não podemos ter preconceito, temos que pensar fora da casinha”, apontou.

Além da questão sindical, o setor industrial tem sofrido ataques do atual governo federal, com medidas ultraliberais que enfraquecem as empresas e deterioram ainda mais a condição do trabalho no Brasil.

O alerta das decisões equivocadas do governo foi feito pelo secretário de Política Sindical da Confederação Brasileira Democrática dos Trabalhadores nas Indústrias da Alimentação da CUT, Nelson Moreli.

“O efeito Bolsonaro no Oriente Médio tem afetado o setor da alimentação e isso é uma preocupação por que pode ameaçar os empregos, que já vem sofrendo com demissões”, criticou.

“É preciso que o MSI e o TID-Brasil estejam representados em todos os fóruns de debates do setor industrial para evitar que haja um desmonte ainda maior e que pode ser agravado por políticas ultraliberais”, completou o presidente do TID-Brasil, Rafael Marques.

“Além disso, a ampliação do debate da indústria, com a participação das centrais sindicais, dos representantes empresariais, governamentais, economistas, enfim, daqueles que estão preocupados em estabelecer uma política de longo prazo para o setor industrial no Brasil também é uma tarefa importante para o MSI”, finalizou.

Acesse a galeria de fotos de Roberto Parizotti/CUT

 

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